Reynaldo Velloso: "se necessário, iremos inundar os tribunais na luta pelos animais. Vamos sacudir o país como nunca foi visto"

O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, disse neste sábado (22), em entrevista concedida à Rádio Band News que o ano de 2019 será um ano de grandes lutas pelos animais.

Velloso pretende articular as Comissões de Defesa Animal de todas as Seccionais da OAB do Brasil e integrá-las em ações conjuntas com ativistas, protetores, resgatistas, atrizes, artistas, jornalistas e outros segmentos da sociedade civil, com objetivo de agregar uma trincheira de lutas para aprovação de leis benignas para os animais e cobrança de ações pragmáticas junto ao Poder Público. Segundo o advogado, a ideia é criar um pacto nacional pelos animais.

“As lutas serão muitas: aumento da pena contra maus-tratos, caracterizar o animal como ser senciente e não coisa, na legislação, exigir a implementação de um programa de Políticas Públicas para os animais que contemplem castração, educação e apoio aos Abrigos, impedir a matança de animais invasores e propor técnicas viáveis de controle, sem morte, preservação ambiental, sem desmatamento e destruição dos habitats, aplicações dos princípios estabelecidos para impedir retrocessos ambientais, preservação da fauna silvestre, inadmissibilidade da aprovação da caça comercial, e fim da esportiva, denúncias públicas das autorizações de licença ambiental sem o respectivo estudo de impacto ambiental e justicialização da luta, inundando os tribunais com ações pertinentes, seja no civil ou no juízo criminal. Iremos “sacudir” o país como nunca foi visto”, completou ele.

O presidente da CPDA/OAB-RJ, já participou de diversas reuniões em Brasília, no Congresso Nacional, objetivando melhorar as leis a favor dos animais. No último dia 11/12, ele acompanhou as polêmicas votações sobre a lei de maus-tratos na Câmara e no Senado.

O Advogado acredita que a fase de amadurecimento da sociedade brasileira com relação ao respeito aos animais se aproxima e que a conscientização será vital para o avanço na proteção destes seres indefesos. “Esta nova compreensão facilitará as negociações junto ao Legislativo e ao Executivo e mudará o conceito no Judiciário. Não tenho nenhuma dúvida”, finalizou.