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20 de Abril de 2024
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    A morte do cãozinho TED

    Para Reynaldo Velloso são cabíveis danos morais e indenizações

    há 2 anos

    A Polícia Civil do Distrito Federal informou que encontrou o corpo de um cachorro que, supostamente, havia sido roubado durante um assalto enquanto estava sob os cuidados de um hotel de animais de estimação, em Brasília. Ted era da raça maltês, tinha 10 anos, era surdo, e foi deixado no local enquanto os donos dele estavam fora de casa.

    Policiais da 1ª DP (Asa Sul), que investigaram o caso, encontraram o corpo de Ted enterrado no quintal de propriedade do dono hotel. Ele relatou que Ted entrou na jaula de outro animal, de grande porte, que o matou com uma mordida no pescoço.

    O empresário, assustado com a pressão nas Redes Sociais, mentiu sobre o roubo do cachorro. Ele foi indiciado por falsa comunicação de crime, informou a PCDF.

    Após a exumação o animal foi entregue para os tutores.

    Consultado, o Presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB, Reynaldo Velloso, especialista no assunto, afirmou que “Não se afasta a responsabilidade civil por parte daquele que se propôs a manter a guarda”. “No momento em que o estabelecimento se dispõe a guardar, proteger e cuidar e falha na pretenção, deve responder nos parâmetros legais da responsabilidade, inclusive no que se refere à indenização pecuniária (dinheiro)”.

    “Evidente que isso não trará o cãozinho de volta e nem diminuirá a dor da perda, mas será um alento para os tutores com relação ao fazimento de justiça e alertará os proprietários do hotel para que situações semelhantes não se repitam. E como esta responsabilidade se distingue dos danos morais, causadores dos sofrimentos psíquicos, eles também são cabíveis neste caso”, completou Velloso.

    Entenda o que aconteceu

    A arquiteta Clarissa Camanho, dona de Ted, relatou que o animal já havia ficado no hotel em outras ocasiões e que nunca tinha tido problemas até então.

    Mas, em 16 de março, o responsável pelo hotel para pets informou que o cachorro havia sido roubado. O homem teria sofrido um assalto à mão armada próximo ao prédio onde ela mora, enquanto levava o cachorro para entregá-lo à família. Segundo Clarissa, o próprio homem registrou a ocorrência no 1º DP.

    A família iniciou uma campanha nas redes sociais para encontrar o cãozinho e ofereceu recompensas por informações.

    Mas a busca por pistas em câmeras de segurança por testemunhas começou a levantar suspeitas, pois não havia indícios do assalto.

    Posteriormente o proprietário do hotel mudou a versão. Ele relatou que Ted havia sido furtado em seu veículo em frente a uma padaria, o que também não se confirmou por meio de testemunhas e câmeras de segurança.

    Dias depois, após a família entrar em contato pedindo que o caso fosse esclarecido, em busca de um "fechamento" — nas palavras da arquiteta —, o homem admitiu que Ted morreu sob seus cuidados, quando foi atacado por outro animal.

    Foi admitido pelo estabelecimento que o cãozinho estava no mesmo espaço junto com um cão de grande porte.

    A família disse que tomará as medidas cabíveis.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/a-morte-do-caozinho-ted/1444474176

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